Plano de Aula
Disciplina: Ciências e Geografia
Público alvo 4 e 5 ano séries iniciais
Tempo estimado: 4 horas
Objetivos Gerais: Relacionar os aspectos ambientais que aparecem no filme, como floresta, vulcão, animais selvagens com temas tratados nas disciplinas, geografia magma, espaço geográfico, ciências recursos naturais.
Objetivos específicos: Refletir acerca do lugar onde vivem os personagens se já ouviram falar? Onde fica a África? E o que tem lá Quem mora nesse lugar além do Tarzan Jane e seu pai? Quem são as pessoas que habitam esse lugar? Que idioma fala? Levantando questões também como: Como porque os ingleses entendem a língua do Tarzan e vice versa? Por que no mundo do Tarzan a Jane não se veste igual a ele? E por que para ele fazer parte do mundo onde ela vive, ele precisa se vestir como eles? A partir dessas indagações estimular os alunos a refletirem sobre questões culturais, de raça e poder. Relacionando com suas experiências e costumes.
Destacar situações que os personagens enfrentam com argumentos a favor ou contra, a respeito de sua possibilidade real.
Recursos didáticos: DVD Filme TARZAN E JANE Walt Disney, figuras dos habitantes e do País África, folhas, lápis e cola.
Estratégia:
1 Passo- Organizar os alunos em semicírculo, e lhes contar quem era a personagem Tarzan, quem escreveu a história, e o que filme pretende mostrar.
2- passo como o filme é divido em 3 etapas, fazer pausa entre elas e realizar conversa informal.
3- Passo- a turma será dividida em 2 grupos, de acordo com as disciplinas, em seguida será proposta 3 questões para cada grupo sobre o conteúdo formal do livro, mas com respostas retiradas da observação do filme.
4 Passo- a partir das figuras distribuídas entre elas, os grupos irão se posicionar a favor ou contra o filme e apontar porque escolheram essa posição.
Avaliação- a avaliação será feita a partir das respostas das questões abordadas, além de um desenho sobre o que eles gostariam que fosse diferente além
da participação dos alunos com a atividade.
UERJ/FEBF Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Disciplina: EEPP III
Professor: Ivan Amaro
Trabalho relacionado ao tema disneyzação do autor Henry Giroux, baseado no filme da Walt Disney: Tarzan e Jane.
Dentre os muitos filmes de desenhos animados produzidos pela Walt Disney, vários deles contêm mensagens que passam despercebidas pelas crianças, por que a maioria delas não tem haver só com a criança que assiste hoje, mas sim com adulto que ela irá se tornar um dia. Alguns desse filmes trazem, por exemplo: questões de discriminação, preconceito relações de poder, evocação da beleza, etc. nos dando a impressão que são para um adulto assistir, só um adulto iria perceber, no entanto essas questões não estão explícitas nos filmes, elas aparecem em volta de magia, encanto, efeitos e de todos os recursos que possam dificultar uma percepção imediata do que se pretende passar.
A Walt Disney há que se reconhecer, traz filmes às vezes com um caráter mais “leve” e como temas até agradáveis, como é o caso do desenho animado Tarzan e Jane.
Logo no inicio do filme o Tarzan já está adulto e casado com Jane, porém não há nada que explique como isso aconteceu: sobretudo na questão da linguagem e comunicação, entre o homem civilizado e o homem da selva. No filme essa questão aparece como se fosse fácil isto ocorrer, o que seria no mínimo um processo lento, pois modificar hábitos e ensinar uma linguagem, para alguém que conviveu com animais e viveu a maior parte de sua vida se comportando como um não é uma tarefa fácil. Como as gêmeas amala e kamala e o menino aveyron.
Outra visão da Disney é fazer de seus personagens principais sempre heróis, mesmo em uma selva as habilidades do Tarzan vão além das que um homem selvagem poderia ter: Dar saltos inexplicavelmente altos, surfar em uma pedra sobre a larva derretida do vulcão e sair de dentro do mesmo sem que todo aquele calor que faria até aço derreter cause nele se quer uma queimadura. Relação da exploração do lugar principalmente das pedras preciosas, além de suprimir também toda a população e cultura de um lugar, e as relações de exploração praticadas pelos ingleses. O autor do filme diz que Tarzan é um Lord, portanto branco, inglês e rico, talvez por isso, Jane tenha se apaixonado por ele.
A cultura inglesa no filme aparece como sendo superior a do Tarzan isso estará na fala de todos os personagens que participam do filme.
O lado bom do filme é a questão ambiental, que mostra como os mineradores se apropriam da riqueza de um lugar, e não se incomodam em destruir o mesmo, e todo o ecossistema do lugar, além das tiradas da chita que são sarcásticas e divertidíssimas.
Faz- se necessário a observação minuciosa dos filmes e desenhos infantis em especial os da Walt Disney, pois são os mais vistos, dando importância ou tentando revelar o que ás vezes parece puro e inocente, mas que esconde um caráter ideológico dominante.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Reflexão.
Disciplina: Espaço Pol. Pedagógico lll
Reflexão sobre o texto:
Educandos e educadores: Seus direitos e o currículo
Autor: Miguel G Arrroyo
Reflexão sobre o texto:
Educandos e educadores: Seus direitos e o currículo
Autor: Miguel G Arrroyo
Com o passar do tempo é possível observar as diversas mudanças ocorridas na escola. A escola de ontem onde a formação visava o mercado de trabalho e a de hoje em que o objetivo principal deve ser o de formar para a vida e fazer com que o aluno seja capaz de utilizar o que aprendeu de forma particular e no coletivo.
Dentre muitas coisas Arroyo destaca que os educandos são sujeitos da ação educativa e que é preciso repensar o currículo.
O autor menciona que os educandos não devem ser vistos como empregáveis como seres que estão/vão à escola com o intuito de serem formados apenas para serem inseridos no mercado de trabalho.
É preciso repensar o currículo, os conteúdos organizados e serem revistas as práticas docentes e administrativas da escola visando construir um currículo pautado nos novos modelos de educando no tempo presente, em preparação ao educando do futuro.
Outra questão importante levantada pelo autor é a da hierarquização na escola e a classificação dos alunos por parte dos professores.
A escola deve ter um olhar sobre cada aluno de forma que não provoque diferenças na aprendizagem de cada um deles. Arroyo nos convida a refletir se os alunos têm diferença na capacidade mental de aprender, ou todos aprendem por igual e o que difere é a forma de ensinar de ver a prática escolar e que práticas são estas “mascaradas” que trazem como estratégia aulas de reforço, extra turnos e até aceleração e aprovação automática, a reflexão é:
Esta escola que deveria preparar para a vida não está preparando de forma errada estes alunos, tentando formar alunos padrões que tem como base um tipo de aluno com uma certa idade, morador de uma certa localidade.
É preciso repensar as práticas escolares e pensar a seguinte questão: o aluno do presente é diferente em que, do aluno do passado e, no que será diferente do aluno do futuro?
Disciplina: EEPP lll
Reflexão baseada no texto de Elvira Souza Lima: Currículo e desenvolvimento humano
As discussões sobre currículo abrem várias vertentes a respeito do tema.
Sabe-se que a escola surgiu a mais de quatro mil anos atrás, e sofreu diversa s transformações ao longo do tempo , essas transformações ocorreram tanto na forma de transmitir o conhecimento quanto na sua estrutura física. E com o tempo veio também a necessidade de se pensar numa forma de organização para esta escola. Por exemplo: Como seria esta escola, professores , qual seria ou quais seriam as formas de ensino , que conteúdos seriam passados e de que forma isto ocorreria .
No passado e até hoje alguns povos como os indígenas , por exemplo, não se prendem ou não utilizam prédios ou espaços fechados para passar conhecimentos às outras pessoas, sejam elas adultas ou não.
Na escola desenvolvemos em várias áreas e a escola deve visar o desenvolvimento humano a fim de formar um ser sociável e que vise o bem comum, daí a necessidade de se pensar um currículo democrático.
Dentre as preocupações que a escola deve ter, está ( ou deve estar) a de formar um sujeito crítico. Na escola a criança deve aprender os conhecimentos que lhe possibilite uma aprendizagem contínua e significativa, a escola também deve ser um agente que proporciona novos pensamentos e novas formas de comportamento.
A escola pode até partir da realidade do aluno, para formular o currículo, porém deve se utilizar dele para possibilitar novos conhecimentos , propondo à criança novas perspectivas , através de propostas e atividades dinâmicas e metodologias contemporâneas.
Tanto o currículo quanto a escola devem ter objetivos claros. O currículo deve visar a formação humana e para isto depende de alguns fatores:
- deve ser situado historicamente;
- deve introduzir novos conhecimentos;
- deve ser inclusivo e atender a diversidade.
A escola deve ter prioridades que não podem ser esquecidas de forma alguma:
Como exemplo, a inclusão , seja dando acesso aos bens comuns ,seja promovendo a diversidade.
Há tempos atrás, estudar era algo acessível a um pequeno grupo, hoje o conhecimento é um bem comum, que deve ser socializado a todas as pessoas.
O ser humano desenvolve em períodos distintos: infância, adolescência, fase adulta e velhice. E ao longo dessas fases as pessoas aprendem muitas coisas, a criança, por exemplo, aprende de acordo com o meio que a cerca e com as pessoas com quem convive.
O ser humano em geral precisa ser bem ensinado, pois um ensino bem sucedido é aquele que instrumentaliza a pessoa para construir, aplicar, reconhecer, manipular.
A autora traz vários apontamentos sobre aprendizagem e deixa claro que aprender é também construir significados.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
O ciclo de formação e a escola seriada
Minhas reflexões são baseadas nos textos de Jefferson Mainardes e Andreá krug.
O ciclo de formação constitue uma nova concepção de escola para o ensino fundamental, na medida em que encara a aprendizagem como um direito da cidadania, propõe o agrupamento dos estudantes onde as crianças e adolescentes são reunidos pelas suas fases de formação: infância (6 a 8 anos); pré-adolescência (9 a 11 anos) e adolescência (12 a 14 anos). A responsabilidade pela aprendizagem no ciclo é sempre compartilhada por um grupo de docentes e não mais por professores individualmente.
O conteúdo escolar é organizado a partir de uma pesquisa sócio-antropológica realizada na comunidade, onde são buscadas quetões-problemas reveladoras da contradição entre a realidade vivida e a realidade percebida pela comunidade". (Andreá krug)
O discurso da escola em ciclos no Brasil ainda gera dúvidas, incertezas e polêmicas, porém embora pareça novo o tema já vem sendo discutido faz tempo.
É preciso antes de tudo desvincular a idéia da não reprovação da proposta do ciclo. É importante conhecer a proposta que muitas vezes é mal esclarecida, provocando assim o aparecimento de questões e interpretações erradas sobre o assunto.
Mainardes afirma que o debate em torno da criação de políticas de não-reprovação teve início no final da década de 1910 e que as experiências pioneiras foram introduzidas no final da década de 1950. Assim, o discurso dessa política envolve um longo processo de recontextualização.
Ao longo do tempo houve vários termos para denominar este tema: promoção em massa, promoção automática, apredizagem contínua, organização em níveis, sistema de avanços progressivos ou promoção por rendimento efetivo.
A justificativa em torno das políticas eram muitas, iam desde a idéia de reduzir os índices de reprovação e o desperdício financeiro até a melhora da eficácia do sistema educacional.
Enquanto no sistema seriado as crianças eram agrupadas por idades e nível de conhecimento anterior , e visavam a promoção dos alunos , o sistema de ciclos propunha o agrupamento das crianças de acordo com as fases de formação ou desenvolvimento humano.
"A escola por ciclo de formação como expressão da Escola Cidadã no ensino fundamental, está na corrente definida pelos autores como renovadora e a que tem como função a humanização, portanto, contrária a perspectiva homogeneizadora. É importante registrar que, na escola por ciclos, as crianças não aprendem ao serem reunidas por idade. As crianças aprendem o conhecimento formal, quando ensinadas mediante a qualidade da intervenção que a escola oportuniza".
Reflexão - Deveriam ser feitas reuniões entre os pais e a escola e nelas serem expostas o que seriam cada uma das propostas: sistema de ciclo e seriação, explicar suas diferenças e propor logo após uma votação para ser escolhida a melhor proposta e esta ser aplicada na escola .
Se seguido de forma correta o sistema de ciclos pode funcionar. Entre outras coisas é preciso capacitar os professores e investir na infra-estrutura das escolas possibilitando assim uma melhoria na qualidade do ensino.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Quando a escola é de vidro
Ao ler o texto de Ruth Rocha a primeira coisa que me veio em mente foi o modelo de escola tradicional que foi e ainda é uma realidade atual.
O texto maravilhoso e sugestivo lembra como a escola se preocupava em seguir um padrão, um modelo, em não aceitar mudanças e novidades. Todos deveriam seguir fielmente as regras e comportar-se do mesmo jeito.
Neste tipo de escola dificilmente aceitam-se interferências por parte dos alunos e não há preocupação em formar um sujeito crítico.
Porém um dia tudo mudou com a chegada de uma criança difernte e que produziu uma transformação incrível na escola, que foi a quebra dos vidros pelas crianças.
Mudança é assim mesmo no começo assusta, dá medo, incomoda, depois contagia e traz coisas boas e muitas vezes nos tornam melhores do que somos.
Ao ler o texto de Ruth Rocha a primeira coisa que me veio em mente foi o modelo de escola tradicional que foi e ainda é uma realidade atual.
O texto maravilhoso e sugestivo lembra como a escola se preocupava em seguir um padrão, um modelo, em não aceitar mudanças e novidades. Todos deveriam seguir fielmente as regras e comportar-se do mesmo jeito.
Neste tipo de escola dificilmente aceitam-se interferências por parte dos alunos e não há preocupação em formar um sujeito crítico.
Porém um dia tudo mudou com a chegada de uma criança difernte e que produziu uma transformação incrível na escola, que foi a quebra dos vidros pelas crianças.
Mudança é assim mesmo no começo assusta, dá medo, incomoda, depois contagia e traz coisas boas e muitas vezes nos tornam melhores do que somos.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Memorial Escolar
Memorial
Iniciei meus estudos aos seis anos de idade, na classe de alfabetização(C.A.), da Escola Municipal Casemiro de Abreu ,que fica no bairro Jd. Sumaré, em São João de Meriti.
Não fiquei tão surpresa e assustada porque já conhecia a escola , pelo fato de acompanhar com minha mãe meus dois irmãos (1 menino e 1 menina), que estudavam lá, é claro que não foi fácil afinal,agora eu estava ali para ficar e não para visitar.
Eu já conhecia as vogais, algumas consoantes e alguns números porque uma vizinha de minha mãe havia iniciado a minha alfabetização(a doce Dn. Tereza, que infelizmente já não vive.) e isto facilitou meu início na escola.
Minha primeira professora ,Tia Zaíra, aquele anjo disfarçado de educadora, acolheu a todos com muito carinho, porém perdeu o posto de anjinho quando me pôs de "castigo" pela primeira vez em minha vida escolar.Lembro claramente quando ela, logo que chegávamos pela manhã, pedia: Por favor os livros em cima da carteira.E nós colocávamos a "Cartilha da Pipoca"para fora das mochilas.
Bem, quando chegou minha vez ela perguntou:
-Dulce quem fez a sua lição?
-"Foi" eu, ué!-respondi prontamente.
-Não, não foi esta letra aqui não é sua .
Aí o jeito foi contar:
-Minha irmã fez pra mim.
Aquele dia, terminei a aula junto com uma amiga de frente para a parede, fui para casa com o livro todo marcado em vermelho e morrendo de medo da bronca que ia levar.
Ainda nesta série fiz minha primeira visita ao Jardim Zoológico do Rio de Janeiro. Adorei o passeio mas, ao chegar em casa meu pai ficou muito bravo porque eu tinha ido sem a autorização dele(fui apenas com a da minha mãe).Mesmo depois de ouvir ele falar bastante eu e minha irmã mais velha (que tinha ido comigo), olhamos uma para outra e dissemos: Deixa pra lá , o importante é que valeu apena!
Houve um outro fato que me marcou muito nesta escola: ter que estudar três séries com a mesma professora, que vivia expondo os alunos a situações desagradáveis, minhas notas neste período estavam sempre no regular. Passado este período, tudo ficou bem, fui ótima aluna e conquistei amigos que tenho até hoje.
Fiz todo o ensino fundamental nesta escola e como lá não tinha o ensino médio, fui fazê-lo em outra escola, se chamava Escola Estadual Francisca Jeremias da Silveira de Menezes, que também está localizada em São João de Meriti (as duas escolas ainda existem).
No início, não gostei pois a aparência do prédio não agradava, com o tempo ela foi mudando e eu também, descobri que tinha projetos interessantes, participávamos de campeonatos esportivos, a escola tinha grêmio estudantil, que permitia uma melhor interação escola-aluno, também gostava das feiras que eram promovidas.
O que não ajudou nesta escola foi a constante troca no quadro de professores,que eram contratados fora de época e tirados de lá da mesma forma.Concluí o ensino médio nesta secola em 2000.
Em 2001 trabalhei por conta própria, dando aulas em casa e gostei. Tive vontade de fazer um curso de formação de professores mas não fui.
Tinha o sonho de fazer faculdade mas ainda não havia tentado vestibular e isto me assustava um pouco.
Em 2002, fiz um concurso público para a área da educaçõ e passei. Fui trabalhar numa creche e me vi novamente entre crianças, e concluí que amo estar e trabalhar com elas.
Como não esqueci do meu sonho, resolvi tomar coragem e correr atrás dele. Em 2003 fui encarar um vestibular pela primeira vez(o concurso me deu coragem).
Passeeeeeeii!! Ia fazer Letras na UERJ do Maracanã, porém veio a tristeza, meu nome não saiu na classificação oficial e nesta época eu não sabia das reclassificações então, perdi a vaga. E pensar que tinha tirado um B na prova objetiva. Arrasada, fui então, fazer um curso de espanhol na FAETEC, da Mangueira.
Em 2004, tentei novamente o vetibular, sem sucesso. No segundo semestre consegui uma vaga num pré vestibular dentro da UERJ do Maracanã estudei alguns dias apenas e tive que parar pois era muito distante, as aulas acabavam muito tarde e fator financeiro também pesou.
Fiz uma pausa nos estudos e me casei em fevereiro de 2005.
Voltei aos estudos em 2006, quando fiz um curso pós-médio de formação de professores(senti o desejo e a necessidade), no primeiro colégio particular em que estudei, Colégio Setembro , em Olavo Bilac-Duque de Caxias. Saí de lá em 2007, satisfeita com o caminho que escolhi seguir.Conheci ali professores maravilhosos, comprometidos com a educação, e que incentivavam muito a continuação na formação como as professoras Alba Valéria e Fátima.
Iniciei meus estudos aos seis anos de idade, na classe de alfabetização(C.A.), da Escola Municipal Casemiro de Abreu ,que fica no bairro Jd. Sumaré, em São João de Meriti.
Não fiquei tão surpresa e assustada porque já conhecia a escola , pelo fato de acompanhar com minha mãe meus dois irmãos (1 menino e 1 menina), que estudavam lá, é claro que não foi fácil afinal,agora eu estava ali para ficar e não para visitar.
Eu já conhecia as vogais, algumas consoantes e alguns números porque uma vizinha de minha mãe havia iniciado a minha alfabetização(a doce Dn. Tereza, que infelizmente já não vive.) e isto facilitou meu início na escola.
Minha primeira professora ,Tia Zaíra, aquele anjo disfarçado de educadora, acolheu a todos com muito carinho, porém perdeu o posto de anjinho quando me pôs de "castigo" pela primeira vez em minha vida escolar.Lembro claramente quando ela, logo que chegávamos pela manhã, pedia: Por favor os livros em cima da carteira.E nós colocávamos a "Cartilha da Pipoca"para fora das mochilas.
Bem, quando chegou minha vez ela perguntou:
-Dulce quem fez a sua lição?
-"Foi" eu, ué!-respondi prontamente.
-Não, não foi esta letra aqui não é sua .
Aí o jeito foi contar:
-Minha irmã fez pra mim.
Aquele dia, terminei a aula junto com uma amiga de frente para a parede, fui para casa com o livro todo marcado em vermelho e morrendo de medo da bronca que ia levar.
Ainda nesta série fiz minha primeira visita ao Jardim Zoológico do Rio de Janeiro. Adorei o passeio mas, ao chegar em casa meu pai ficou muito bravo porque eu tinha ido sem a autorização dele(fui apenas com a da minha mãe).Mesmo depois de ouvir ele falar bastante eu e minha irmã mais velha (que tinha ido comigo), olhamos uma para outra e dissemos: Deixa pra lá , o importante é que valeu apena!
Houve um outro fato que me marcou muito nesta escola: ter que estudar três séries com a mesma professora, que vivia expondo os alunos a situações desagradáveis, minhas notas neste período estavam sempre no regular. Passado este período, tudo ficou bem, fui ótima aluna e conquistei amigos que tenho até hoje.
Fiz todo o ensino fundamental nesta escola e como lá não tinha o ensino médio, fui fazê-lo em outra escola, se chamava Escola Estadual Francisca Jeremias da Silveira de Menezes, que também está localizada em São João de Meriti (as duas escolas ainda existem).
No início, não gostei pois a aparência do prédio não agradava, com o tempo ela foi mudando e eu também, descobri que tinha projetos interessantes, participávamos de campeonatos esportivos, a escola tinha grêmio estudantil, que permitia uma melhor interação escola-aluno, também gostava das feiras que eram promovidas.
O que não ajudou nesta escola foi a constante troca no quadro de professores,que eram contratados fora de época e tirados de lá da mesma forma.Concluí o ensino médio nesta secola em 2000.
Em 2001 trabalhei por conta própria, dando aulas em casa e gostei. Tive vontade de fazer um curso de formação de professores mas não fui.
Tinha o sonho de fazer faculdade mas ainda não havia tentado vestibular e isto me assustava um pouco.
Em 2002, fiz um concurso público para a área da educaçõ e passei. Fui trabalhar numa creche e me vi novamente entre crianças, e concluí que amo estar e trabalhar com elas.
Como não esqueci do meu sonho, resolvi tomar coragem e correr atrás dele. Em 2003 fui encarar um vestibular pela primeira vez(o concurso me deu coragem).
Passeeeeeeii!! Ia fazer Letras na UERJ do Maracanã, porém veio a tristeza, meu nome não saiu na classificação oficial e nesta época eu não sabia das reclassificações então, perdi a vaga. E pensar que tinha tirado um B na prova objetiva. Arrasada, fui então, fazer um curso de espanhol na FAETEC, da Mangueira.
Fiz uma pausa nos estudos e me casei em fevereiro de 2005.
Voltei aos estudos em 2006, quando fiz um curso pós-médio de formação de professores(senti o desejo e a necessidade), no primeiro colégio particular em que estudei, Colégio Setembro , em Olavo Bilac-Duque de Caxias. Saí de lá em 2007, satisfeita com o caminho que escolhi seguir.Conheci ali professores maravilhosos, comprometidos com a educação, e que incentivavam muito a continuação na formação como as professoras Alba Valéria e Fátima.
Como não consigo ficar longe dos estudos, assim que acabei o curso pós-médio fiz um curso de Libras, através da secretaria de educação de onde trabalho.
Em 2008 decidi que estava na hora de retomar o sonho e fui tentar vestibular mais uma vez, estava estudando em casa e em julho entrei num pré vestibular comunitário, perto de casa. Desta vez me inscrevi para a FEBF(aconselhada por minha irmã que estuda na UFF). E para minha surpresa e felicidade no início de 2009 recebi praticamente juntas as melhores notícias e que mudariam minha vida: ia ser mamãe e passei no vsetibular. Quase não acreditava.Passado o susto, agora estou curtindo com minha família e em agosto de 2009 nasceu meu filhote.
Faço o possível para conciliar tudo. Conto com a ajuda do meu maridão a quem contagiei e que já até retomou os estudos e se formou, depois foi meu pai que depois de tanto tempo com cinquenta e alguns de idade resolver fazer um supletivo a distância, e eu é claro dou a maior força.
Só posso dizer que estou muito feliz e que tudo tem valido a pena.
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